Seja bem vindo (a/e) ao espaço Arogya!

​

Em primeiro lugar, gostaríamos de te contar o que significa Arogya, é uma palavra sânscrita que pode ser traduzida como "libertação das doenças". Entendemos que doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando seu estado normal de saúde. A OMS definiu, em 1947, saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social" e não apenas a ausência de doença, sendo a nossa proposta, como espaço de saúde integral, trabalhar nestes três pilares.

​

No Arogya, entendemos que toda prática pode trazer os três aspectos: físico, mental e social; pois o mesmo corpo que faz a prática física, é o que se relaciona, pensa e sente. Uma mente saudável nos leva a cultivar relações sadias, assim como priorizar o bem-estar a nível corporal. Buscamos proporcionar em ambiente em que cada um se reconheça e exerça seu papel de sujeito, o espaço que ocupa na sociedade e em si mesmo. Acreditamos que somos seres inacabados e aceitamos que todos têm algo a oferecer e a aprender, sempre mantendo respeito mútuo.

​

Aprofundando aqui nosso olhar em relação a estes três pilares, para o hatha yoga (e outros derivados), o corpo é o objetivo, pois é o que há de mais concreto na nossa individualidade e através dele construímos uma relação com a nossa própria presença. As posturas físicas produzem firmeza, leveza, saúde e criam a possibilidade de habitar e estreitar a relação com o próprio corpo. Já o ramo da psicossomática traz a compreensão clara que o psiquismo afeta diretamente nosso físico e se não dermos a atenção devida a nossa saúde mental, o organismo sinaliza que algo não vai bem, podendo surgir sintomas físicos. O cuidado com o corpo-mente é fundamental para criarmos uma boa e consciente relação com nós mesmos e assim percebemos que não são coisas separadas, mas formas diferentes da expressão de si mesmo.

​

Para o Yoga, o instrumento interno que chamamos de "mente"é divido em três aspectos: Manas (mente) que processa e sintetiza o que é percebido pelos sentidos e é esta parte que procuramos gentilmente treinar quando meditamos; Ahaṁkāra (ego) é o que pensamos ser, ampliar o senso de si permite que você experimente todas as coisas em si mesmo e você em todas as coisas; Buddhi (intelecto) que formula conceitos e toma decisões, discernindo o que nos é benéfico ou não, está presente no corpo todo, não apenas no cérebro. Com a prática física e mental, liberamos as impressões que estão registradas no corpo desenvolvendo uma visão clara sobre as coisas. Já o processo terapêutico, a partir da fala do paciente, visa organizar e (re)significar o material psíquico, dando um novo sentido a nossas exênpericias. Todos temos um passado, uma história de vida repleta de marcas que são internalizadas e podem vir a se manifestar sob a forma de sintomas. O passado não muda, mas a forma como entendemos e interagimos com ele, sim.

​

No aspecto social, a pratica de yoga tem um papel fundamental de "remover a ignorância", essa sensação que nos faz sentir separados dos outros seres, assim, removê-la é ver todos os seres dentro de si mesmo e o si dentro de todos. Esse processo traz empatia, percepção do espaço que ocupamos e de nosso papel para contribuir com a sociedade em que vivemos. Aristóteles afirmou "O homem é um animal social", isto significa que, independente do nosso querer, estamos em relação contínua, e toda relação envolve a ideia de afetar e ser afetado. A cada dia está mais claro o peso do mundo social, curiosamente percebemos isso a partir das redes sociais, ditando quem devemos ser ou fazer. Mas e no fundo, o que quer o eu "no meio disso tudo?

​

Gostaríamos de encerrar apresentando um pouco do nosso espaço físico, um ambiente belo e agradável, procurando promover um lugar onde as pessoas se sintam acolhidas e possam se expressar com naturalidade e autenticidade, sem preconceitos, seja por cor, raça, gênero, orientação sexual, forma do corpo e classe social.

​

​